domingo, 16 de setembro de 2012
SEMPRE LONTANO - Nina Zilli
Por Doris
Durante muito tempo eu procurei uma boa banda ou cantor italiano. E foi sem querer que descobri Nina Zilli no rádio (e, como sempre, via Soundhound). Quem me conhece sabe que eu adoro o Eros, mas eu e Ernesto não chegamos em um acordo de álbum dele para publicar aqui no blog. Pois bem, no meu rotineiro trajeto de volta pra casa lá estava Nina Zilli no rádio com seu hit Baccio d' a(d)Dio. E, para minha surpresa, ao ouvir o cd todo descobri que todas as músicas são boas. Bingo!
Sempre Lontano é um daqueles álbuns que toma conta do ambiente. Dá vontade de aprender todas as letras pra cantar junto, é contagiante. E, caso você esteja aprendendo italiano, é ótimo para praticar seu aprendizado, ela soletra muito bem todas as palavras da música.
Um paralelo: Uma das minhas recordações de infância é a minha mãe ouvindo Datemi un Martello da Rita Pavone na cozinha. Quando ouvi a Nina Zilli pela primeira vez me lembrei dela. As músicas da Nina são bastante animadas e tem um toque mais contemporâneo. Se você animou com Datemi um Martello, prepare-se para voltar ao salão de baile com Nina Zilli.
Sobre as faixas:
50mila: tem a participação de outro cantor italiano. Perché questo dolore, è amore per te! Eu e Ernesto até cantamos juntos algumas partes.
Il Paradiso: Sensação de caminhada em uma manhã de sol. L´amore non basta mai!
L'Uomo che amava le donne: Adoro cantar junto com ela Solamente tuuuuu
L'Inferno: bailinho antigo.
Penelope: agora você vai pra praia. Estilo reggae, em italiano. Aposto que você nunca viu isso antes. Uiê!
L'amore verrà: Sim, você já ouviu essa música, não é impressão. É a versão italiana da música You Can't Hurry Love
Baccio d' a(d)Dio: baladinha, mais calma. Boa demais!
C'era una volta: essa também é do bailinho. Ela começa um pouco esquisita, mas é ótima! Faça o backing vocal com ela: Non c'è più
Come il sole: Carregado de dramas e emoções. Balançando o pezinho com a música.
Tutto Bene: Pra dançar na pista (do bailinho, claro)
Bellissimo: última música, estilo mais triste. Só sinta a emoção.
Por Ernesto
Itália! Ah, a Itália...
Uma grande família, o almoço de domingo, as discussões à mesa, os programas de auditório. E Nina Zilli! Da pra imaginá-la no programa do Zaccaro cantando seus sucessos em playback e a plateia acompanhando nas palmas. Nada mais italiano!
Desde nosso tour por lá esperamos um álbum da terra da bota pra comentar. Tentamos com o clássico Eros, a velha Rita Pavone e o novato Tiziano Ferro. Já estava duro de ouvir. Que eles não nos ouçam (ou leiam) mas música não parece ser o forte deles.
Mesmo assim não desistimos e descobrimos ela: Nina Zilli! Sempre Lontano é um álbum divertido e vale a experiência de ouvir. As letras em italiano soam familiares. Algumas partes dá até pra cantar junto. E as melodias são animadas. Tem o pop, o reggae, a romântica, a regravação. Até em inglês. Um disco pra toda a família. A grande família italiana.
Do disco valem ser destacadas 50mila e C'era una volta, típicas do programa de auditório, com dançarinas atrás. L'amore verrà, que eu já tinha ouvido com o Phill Collins mas descobri que é mais velha ainda. E, é claro, o reggae italiano Penelope. Jah, ma che!
Aperte o play e viaje pra lá!
domingo, 22 de julho de 2012
BORN AND RAISED - John Mayer
Por Ernesto
Quando me pediram para descrever Born and Raised em um palavra, não hesitei: Tranquilo. É assim que o álbum soou para mim.
Conheci John Mayer numa das minhas inúmeras voltas na FNAC, meu banco de investimento dos anos 2000. Lá havia um CD em destaque, como “nossa preferência”. Acabei levando pra casa a peça. E gostei, viu. Aquele era “Room for squares”, o primeiro do cara. Ouvi muito, tinha uma levada pop suave, simples e até certo ponto ingênua. Aquilo tudo me agradou bastante. Dali em diante Mayer virou uma referência para buscas futuras. Descobri que o cara era um grande guitarrista, que curte muito um blues, e que já havia tocado com grandes mestres, como Buddy Guy e Eric Clapton.
Mas, como sabemos, o pop não poupa ninguém. Da ingenuidade do primeiro álbum, o cara virou meio que badboy no segundo disco. Pra piorar, quis virar galã no próximo. Enfim, se perdeu geral. Pelo menos pra mim.
Eis que me deparo com seu novo álbum neste ano. E agora, o que fazer?? Ouvir, porque não?! E olha, que boa surpresa!
O álbum soa como um retorno às origens, mas sem a ingenuidade do primeiro álbum. As canções trazem a simplicidade perdida nos demais álbuns e adiciona a ela o vigor de quem sabe muito bem o quer de suas músicas. Melodias simples, instrumentos que complementam a voz do cantor. Enfim, é um disco maduro.
Não esperem um disco de grandes sucessos. Mas nem só de grandes sucessos vive a música. É mais um daqueles pra deixar rolar na vitrola e relaxar. Ele passa despretensioso...e tranquilo.
Por Doris
Quem me conhece sabe que eu não sou uma grande fã do John Mayer. E a razão disso é a mania irritante que ele tem de dar uma desafinada estranha enquanto canta, mania esta que para mim virou marca dele, já que praticamente todas as músicas conhecidas dele tem essas passagens. Irritação. Pois bem, parece que alguém deve ter dado um toque pra ele e, pra nossa alegria, ele deixou essa mania de lado e nos trouxe um álbum mais maduro. Born and Raised é mais country e menos comercial.
Não é meu álbum predileto dos que escolhemos até agora, mas é gostosinho de escutar. É daqueles que não atrapalham o ambiente e até dá uma acalmada nos ânimos. Se você gosta e conhece o John Mayer vai notar a diferença destas músicas comparando com as outras dele. E se você não conhece, pode ser a oportunidade de conhecer um artista em uma fase menos comercial, o que não implica em músicas de menor qualidade. Se quiser algumas sugestões, comece com Queen of California, Shadow Days e Born and Raised, são as minhas preferidas.
terça-feira, 17 de julho de 2012
YELLOW BRICK ROAD - Sabrina Starke
Por Ernesto
Sabrina Starke: mais uma da
série Cantoras negras que amamos: Rox, Estelle, Janelle. Não se pode negar,
elas têm o suingue!
Sabrina vem do Suriname.
Sim. Aquele país que também faz divisa com o Brasil mas que a gente nunca
lembra. Pois é, lá também tem som. E dos bons.
Yellow Brick Road é o
álbum de estreia de Sabrina, lançado originalmente em 2008 mas relançado em
2009... Isto foi o máximo que eu consegui entender do site em holandês que o
google trouxe como referência. Mas tudo bem, o resto é com o disco mesmo.
Talves vocês já tenham ouvido Do for love. Esta chegou a tocar no Brasil e serviu como apresentação da moça. É um bom cartão de visitas mas eu,
particularmente, prefiro quando ela solta a voz, como em My King ou Yellow Brick Road,
por exemplo. Acho que neste tipo de canção a intérprete mostra todo seu
talento e, neste caso, não é diferente.
Como outros destaques, Foolish e You are my Love, que é uma daquelas pra dançar com o braço junto ao
corpo, sabe. De pé, um passo pra lá, outro pra cá. Aliás, como são boas as
músicas que nos remetem ao auge da black-music, não? Um viva aos anos 70!
Se você já ouviu e gostou
das demais, apresentamos e recomendamos Sabrina. Se não gostou, experimente
novamente.
Agora, se não gostar de
novo...Desista.
Por Doris
Melhor faixa do álbum: Second Class Wowan
Da saga Descobertas do Soundhound veio Sabrina Starke. Momentos de tensão entre, ouvir a música no rádio do carro, descobrir que você não sabe quem canta, mil tentativas de clicar no Soundhound até ter êxito depois de já ter clicado em todos os outros aplicativos possíveis e, pra ajudar, o farol não fecha de jeito nenhum, por mais que você já tenha feito mil pedidos aos deuses. Mas, no finalzinho da música, consegui e lá estava ela com seu hit Sunny Days. Chegando em casa, imediatamente entrei no Grooveshark pra dar uma conferida no cd. Como o álbum de Sunny Days não estava completo, ouvi o Yellow Brick Road, que estava completinho. E, que delícia de cd! Depois ouvimos também o álbum Bags & Suitcases, que é o que tem Sunny Days, mas eu gosto muito mais do Yellow Brick Road.
É um álbum leve e alegre. E ela tem uma voz ótima. Gosto de todas as músicas! Aumente o volume e curta o som.
domingo, 1 de julho de 2012
THE ARCHANDROID - Janelle Monáe
Por Doris
A descoberta de Janelle veio sem querer no Rock in Rio, quando de repente no palco principal ela estava lá cantando aquelas músicas do rádio que eu tanto gostava. E, para fechar a noite com chave de ouro, ela cantou Always junto com o grande Stevie Wonder. Foi mágico!
E assim, fomos buscar o álbum. No começo ele parece meio estranho, mas depois você começa a entender que ela quis fazer como uma trilha sonora de um filme. O cd tem uma mistura de ficção científica com contos de fadas. Para mim poderia ser a trilha sonora de um filme misturando Alice no País das Maravilhas com a Fantástica Fábrica de Chocolates e Matrix. É um álbum interessante, mas bastante longo, tem 18 faixas. Sugiro que você tenha tempo disponível para ouvi-lo inteiro, caso contrário é provável que você não goste muito.
As minhas preferidas
Locked Inside: pra dançar sozinho na pista
Sir Greendown: momento romântico do filme
Cold War: a hora da vingança!
Tightrope: ótima para atividades aeróbicas. Muito animada! Acho que essa é a mais conhecida.
Oh maker: momento solitário de reflexão do protagonista do filme
Mushrooms and Roses: faz você entrar no conto de fadas. Cuidado com o coelho do relógio.
Wondaland: quando tudo começa a fazer sentido
Por Ernesto
Janelle Monáe. O nome soa francês, mas a moça é americana. Tivemos a oportunidade de vê-la, meio que sem querer, na noite de Stevie Wonder no Rock In Rio de 2011. Foi marcante. Primeiro porque ela era meio desconhecida do grande público. Apesar de já ter passado pelo Brasil acompanhando a turnê de Amy Winehouse, ela não tinha um histórico para qualificá-la para o palco principal. Se bem que tinha uma tal de Ke$ha depois dela, no mesmo palco. Meu Deus, que moça terrível!
Enfim, desconhecido por desconhecido, Janelle mostrou um desempenho que surprendeu. O povo todo curtiu sua animação e presença de palco. Bela voz, apresentação com muita energia e vibração. Ela até chegou a subir no palco para acompanhar Stevie no final daquele dia. Inesquecível.
Daquele momento surgiu nossa curiosidade. Vamos atrás do álbum dela, então. Eis que apresentamos The ArchAndroid.
Ouvi, ouvi, ouvi. É complexo! Difícil de classificar. Tem desde músicas pop, sucessos comerciais como Tightrope e Wondaland, até umas viagens meio sem sentido, que não dão pra entender.
Conversando com Dóris, ela me descreveu este como um álbum de fantasia. Imaginei uma coisa misturada entre Tim Burton, Michael Jackson e David Bowie. (toque feminino acho que os três têm. Então não precisamos adicionar isto na mistura...)
The ArchAndroid tem um pouco das três figuras mesmo. A primeira vista a mistura parece ótima, mas pra mim dificultou o entendimento do disco. Ele fica, em algumas partes, meio cansativo. Uma pena, porque Janelle tem muito talento. Isto fica claro quando ela simplesmente se põe a cantar, como em Neon Valley Street ou Say You´ll Go. Melodias bonitas e com belos arranjos. Simples assim. Tomara que ela descubra este segredo.
Ouçam, mas torçam pelo próximo!
domingo, 10 de junho de 2012
EVO JE BANJA - Goribor
Por Doris Borel
Melhor música do CD: Prati i cuti
Escute o CD quando: você quiser um rock alternativo meio do submundo (e que você não se importe de não entender nada do que está sendo dito nas músicas)
Acreditando que todo país deve ter algum artista com música boa que não esteja no foco internacional, procuramos algum na Croácia durante a nossa última viagem. Mas, para nossa surpresa, o que mais tocava nos restaurantes era Eros Ramazzotti e, algumas vezes, até Michel Teló. Em Split, entramos em uma loja de cds e começamos a nossa busca... olha aqui, fuça acolá e nada de saber o que poderia ser bom. Para não sair comprando um monte de cds ruins, Ernesto pediu para o atendente da loja nos indicar algum cantor/banda croata que fosse boa, de sucesso local. Bom, ele escolheu um cd caro (cerca de 40 reais) e colocou Goran Karan para tocar. Eu já notando que Goran Karan não tinha agradado Ernesto, fiquei só esperando para ver se ele iria comprar o cd ou não (pra não ficar chato, sabe como é). Mas, ele definitivamente não gostou e não levamos nada: "Pô, Goran Karan não dá!!!"...hahaha. Bom, em Zagreb, continuamos não achando nada, mas eu notei que em todas as lojas de cd tinha o anúncio do lançamento de um que tinha um garfo na capa. Tentei gravar o nome e só me lembrei de "Goribor". Quando estávamos na Eslovênia, já no hotel, procuramos Goribor no Youtube para ouvir e...voilà. Mas, a nossa descoberta maior foi: Goribor é uma banda da Sérvia e não da Croácia. Talvez por isso o atendente da loja não tenha apresentado Goribor para gente... Bom, decidimos então trazer algo da antiga Iugoslávia pra vocês, já que visitamos a Croácia, Eslovênia e até cruzamos a fronteira da Bósnia. E eu tenho me perguntado: será que Djokovic gosta do Goribor?
Evo je Banja é um álbum com dois cds de 8 músicas cada. O vocalista canta de um jeito bem particular, meio que sussurando. Como eu não entendo nada do que ele diz, fico só imaginando o que ele tá falando... talvez protestando sobre alguma coisa, reclamando da política, das marcas da guerra... maior viagem. Uma coisa ou outra eu acabo traduzindo no google tradutor, mas a música inteira é bem difícil, também porque a letra é meio difícil de encontrar. Mas talvez seja melhor nem saber o que ele tá dizendo... aumentem o som e curtam Goribor.
Sobre algumas das faixas:
Evo je Banja é um álbum com dois cds de 8 músicas cada. O vocalista canta de um jeito bem particular, meio que sussurando. Como eu não entendo nada do que ele diz, fico só imaginando o que ele tá falando... talvez protestando sobre alguma coisa, reclamando da política, das marcas da guerra... maior viagem. Uma coisa ou outra eu acabo traduzindo no google tradutor, mas a música inteira é bem difícil, também porque a letra é meio difícil de encontrar. Mas talvez seja melhor nem saber o que ele tá dizendo... aumentem o som e curtam Goribor.
Sobre algumas das faixas:
Voznjica: primeira música do CD1, instrumental. Já dá o tom do estilo de música que você vai ouvir. Não tenha pressa, pois a música é longa.
Burle: começa com uma batida meio estranha, mas é boa essa! e dá-lhe sussurro.
Kisa: quando escuto essa música me sinto em um daqueles bares com iluminação fraca, à noite. Vá para o balcão e peça a sua bebida.
Moje Misli: meio matrix, meio nave espacial. Gosto! Vou procurar saber o que ele está falando pra tentar cantar junto.
Pocetka: eu gosto muito de duetos e essa música é a segunda melhor do álbum pra mim! Goribor só nos sussurros.
Svi ti Ljudi: essa música é péssima, chega a ser engraçada. Ele fala mil vezes a mesma coisa! Virou motivo de piada aqui em casa.
Ti i ja: imaginei certo, 'ti i ja' é "você e eu". e parou por aí minha compreensão da música...hahaha. Música muito longa, gosto médio dessa.
Uzalud se Budis: essa dá até pra dar uma dançadinha na pista. Mas ele também repete muitas vezes a mesma coisa.
Ljubavi moja: parece que estão caindo bombas, música estranha! Parece que ele tá sofrendo muito. Parece que ele diz: "eu vou-me embora, emboraaaa"...hahaha. Mas na verdade "Ljubavi moja" é "meu amor" segundo o Google tradutor. Tô achando que o Goribor é uma banda romântica.
Niko nije kriv: gosto dessa. animada, bom ritmo! E quer dizer "ninguém para culpar" (tudo segundo o Google Tradutor, vale lembrar)
Prati i cuti: foi por causa dessa música que nos interessamos mais pelo Goribor. Mais devagar, parece um mantra... muito boa.
Uziman: essa é aquelas que eu chuto que fale sobre a guerra, ou esteja passando alguma mensagem subliminar. Pro Ernesto já virou 'Lucimar'...hahaha
Tren: também gosto dessa. Mais estilo som ambiente.
Ne racunajte na nas: que quer dizer "não conte com a gente". Ele dá um tom de sofrimento, mais estilo deprê. Mas eu gosto dessa também!
Por Ernesto
No último mês de maio estivemos em jornada nos Balcãs para descobrir os mistérios desta região tão particular da Europa. Obviamente que não podíamos deixar de pesquisar algum som característico da região. Vendedores de discos apresentaram-nos Goran Karan, uma espécie de José Augusto croata. Agradecemos. Depois deste incidente preferimos pesquisar por conta própria e encontramos Goribor. Ufa!
Não que esta seja uma banda fundamental na sua discoteca. Tampouco Evo Je Banja é o álbum do ano de 2012. Mas é curioso ouvir rock sérvio. E até agora eu estou tentando compará-lo com algum outro som. Tá difícil. Deve ser pelo idioma...
É curioso não entender absolutamente nada do que o cantor fala. A gente fica viajando no som tentando captar o sentido da letra pelo ritmo. Com o tempo dá até pra arriscar umas frases pra cantar junto: em Moje Misli (“Meus pensamentos”, pra você que não fala a língua), por exemplo, tenho o refrão:
“DINEJNAS DINEJNAS SKATA A MOJE MISLI LOBES BELE”
Tirei de ouvido. Tô aprendendo a língua. E até dá pra imaginar os pensamentos martelando na cabeça do cantor. Com este refrão isto fica claro. Falaí.
A música é boa, a propósito.
Početka (“Começo”, com este acento estranho mesmo) é uma bela canção. Um dueto, no qual nosso cantor repete as falas da moça. Achei bela porque é lenta e em dueto. E pela mensagem, também.
Sem falar na melhor. Prati i ćuti. Um blues sérvio. Puro.
Legal mesmo é ouvir as músicas com o nome escrito do lado e tentar descobrir em que momento o cantor vai falá-lo. Fica a dica pra quem tiver curiosidade. E tempo.
domingo, 15 de abril de 2012
BELLE & SEBASTIAN WRITE ABOUT LOVE - Belle & Sebastian
Melhor música do CD: Sunday´s Pretty Icons
Escute o CD quando: você quiser acalmar a alma (profundo!). Mas, se você estiver numa fase deprê e não quiser curtir fossa, evite.
Talvez você ache estranho a forma como eu vou começar este post, mas neste álbum já adianto que tem três músicas que não gosto, e pra piorar, duas delas são as primeiras faixas do Write About Love (o que deixa o cd pouco convidativo). Então, por que ele entrou no blog? Bem, como você já deve imaginar a resposta, as outras músicas valem bastante a pena. Não gosto de I didn´t See it Coming, Come on Sister e I´m not living in the Real World. Sei lá, sabe música sonsa? Mas não se deixe influenciar, escute as músicas e veja se você concorda comigo ou não. Afinal de contas, gosto é sempre muito particular.
Belle & Sebastian capricha bastante nas mais lentas. Acho que é onde eles se encontram nas músicas. Mas eles também tem um bom repertório das animadas mais contidas (que anima o espírito, mas o corpo nem tem vontade de se mexer... classificação minha, claro). O que eu gosto bastante deles é que sempre tem uma mistura de voz masculina com feminina, seja como dueto ou como segunda voz. Na primeira metade do álbum você vai encontrar mais músicas lentas e na segunda mais animadas contidas. Nós até chegamos a ouvir outro cd deles, mas de longe, esse é muito melhor. Escute e veja se você aprova. Eu gosto muito!
Sobre algumas das faixas:
Calculating Bimbo: lenta no seu melhor.
I want the world to stop: foi através dessa música que chegamos no cd. Gosto bastante, é do grupo das animadas contidas.
Little Lou, Ugly Jack, Prophet John: Nessa, eles trouxeram a Norah Jones pra cantar junto. Se você conhece a Norah Jones, já pode imaginar a pegada da música. Categoria das lentas, claro.
Write About Love: bem animada, talvez a mais animada do álbum todo. Essa até dá vontade de dar uma dançadinha. Dueto! Essa eu sempre canto junto quando tô ouvindo no carro.
The Ghost of Rockschool: Vento da primavera batendo no rosto!
I can see your Future: Das animadas contidas, essa até dá vontade de balançar o pezinho...hahaha.
Sunday´s Pretty Icons: pra fechar com chave de ouro.
Por Ernesto
Belle And Sebastian sempre foi um nome que ouvi com certa desconfiança. Músicas estranhas para um povo místico, eu pensava. Não sei se pelas capas dos CDs, pelo nome do conjunto ou pelo fato de não conhecer ninguém que gostasse. Sem ouvir eu os associava a Bjork, não sei o porquê. E Bjork, convenhamos, não dá! Na dúvida era melhor não arriscar.
Entretanto, nos intensos trabalhos de pesquisa para nossas publicações, deparamo-nos com esse desafio: ouvir e comentar Belle And Sebastian. Fui até atrás de conhecer um pouco da história. Descobri que o primeiro álbum desta dupla de escoceses foi resultado de um trabalho de conclusão de curso. Interessante. Eram boas credenciais. Vamos ouvi-los.
Write About Love confirmou minha expectativa, apesar de ser um pouco mais animado do que eu imaginava. Por vezes até dá pra dar aquela balançadinha na cabeça. Não sei se neste momento da carreira eles estão mais animados. O mundo todo parece estar mais animado.
Até pensei em procurar os álbuns mais antigos pra tentar confirmar a minha impressão.
Talvez em outro momento.
Come on Sister tem uma parte legal. É divertida. I want the world to stop até tocou no radio. Bacana. Little Lou, Ugly... tem a Norah Jones. Uma boa, das lentas. Write About Love é um Iê Iê Iê moderno. Interessante.
Mas não sei. Os arranjos me lembram um pouco canções do Amado Batista.
Amado Batista e Bjork! Belle And Sebastian.
Não tenham medo. Ouçam.
domingo, 8 de abril de 2012
GOOD THINGS - Aloe Blacc
Por Ernesto
Good Things é uma viagem ao passado. Aos anos 70, mais precisamente. Vozes, melodias, instrumentos. Em vários momentos ao longo do álbum a lembrança daquele tempo é instantânea. Os anos de glória da música negra. Grandes intérpretes, grandes grupos. Motown. É isto, um álbum que poderia ter sido lançado pela clássica gravadora de Detroit. Ele tem aquela soul-music bem característica, que identificou toda uma geração, de The Temptations a Marvin Gaye.
Obviamente que o fato dele ter sido lançado em 2010 apresenta-se incorporado em algumas faixas de sonoridade mais moderna como Life So Hard, por exemplo.
As guitarras são muito bem marcadas em todo o álbum. E muito boas também. Sem exageros, o que é ótimo. O wah-wah é o companheiro quase inseparável delas.
O álbum começa com I need a dollar, o primeiro single e que, aparentemente, fez o maior sucesso comercial de todas as músicas. Mas vale ser ouvido pelas demais:
Take me Back tem uma batida de filme policial dos anos 70. Em You Make me Smile a batida característica soma-se à metaleira no refrão. Politician tem uma introdução que poderia ser muito bem o tema de Chips: “Policiais americanos em suas poderosas motos, arrancando suspiros das adolescentes”.
Femme Fatale é daquelas bem bonitas. Bonita e sensual. Dá pra imaginar a cena. A dama caminhando por entre a fumaça do gelo seco. O vestido balançado. E a rapaziada toda babando.
Um disco de soul music sem excessos no qual todas as faixas passam agradavelmente. Coloque na vitrola e deixe rolar.
Por Doris Borel
Melhor música do CD: You Make me Smile
Escute o CD quando: você quiser voltar no tempo das calças boca de sino
Talvez você nunca tenha tido aquelas calças boca de sino de veludo coloridas, mas se olhar o álbum de fotografias dos seus pais vai entender do que eu estou falando (bom, tudo vai depender do ano que você nasceu, claro). Camisa estampada semi aberta, talvez um colar dourado pendurado no pescoço, calça boca de sino de veludo verde musgo, e claro, o penteado do momento. Gosto de álbuns que levam a gente para uma época diferente, mesmo que nem seja uma época do nosso passado. O curioso é que esse álbum foi lançado em 201o e Aloe Blacc nasceu em 1979. Talvez ele seja daqueles que se sinta deslocado no tempo, que nasceu no ano errado. De qualquer forma, ele deu um jeito de voltar ao passado, com a batida e estilo dos anos 70.
Mas não se engane, Good Things não é álbum anos 70 de ir pra pista, é mais som ambiente mesmo. Eu gosto de ouvi-lo quando estou cozinhando. E recomendo!
Talvez você nunca tenha tido aquelas calças boca de sino de veludo coloridas, mas se olhar o álbum de fotografias dos seus pais vai entender do que eu estou falando (bom, tudo vai depender do ano que você nasceu, claro). Camisa estampada semi aberta, talvez um colar dourado pendurado no pescoço, calça boca de sino de veludo verde musgo, e claro, o penteado do momento. Gosto de álbuns que levam a gente para uma época diferente, mesmo que nem seja uma época do nosso passado. O curioso é que esse álbum foi lançado em 201o e Aloe Blacc nasceu em 1979. Talvez ele seja daqueles que se sinta deslocado no tempo, que nasceu no ano errado. De qualquer forma, ele deu um jeito de voltar ao passado, com a batida e estilo dos anos 70.
Mas não se engane, Good Things não é álbum anos 70 de ir pra pista, é mais som ambiente mesmo. Eu gosto de ouvi-lo quando estou cozinhando. E recomendo!
Sobre algumas das faixas:
I need a dollar: é uma das mais conhecidas do cd, talvez você já tenha ouvido essa no rádio. É boa! Hey, hey.
Goods Things: o efeito da guitarra que dá o tom da calça boca de sino, quando você ouvir, vai entender o que eu estou dizendo
Take me Back: nessa eu imagino a gangue andando pela cidade, com a calça e estilo que eu descrevi ali em cima. Lord, Take me Baaaaaaaaaaack
You Make me Smile: essa música é uma gracinha! De amor incondicional, como ele mesmo diz na letra.
Politician: Música papo cabeça, com ritmo e batida bons. Gosto bastante dessa, recomendo.
Momma Hold my Hand: Essa é mais lenta, mas eu gosto muito. Relação de mãe e filho, em diferentes momentos da vida. Bonita letra, bom som!
Hey Brother: essa é muito anos 70. De novo o efeito da guitarra!
Green Lights: feche os olhos e sinta a música. Ainda que não seja uma daquelas músicas super animadas de ir pra pista, dá vontade de dar aquela dançadinha, sentado mesmo.
Miss Fortune: essa é mais puxada pro hip hop, mas também tem um "q" de reggae. Não sei porque, mas eu gosto! É o meu lado black falando mais alto... hahaha.
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