domingo, 26 de fevereiro de 2012

MEMOIRS - Rox

 
Por Ernesto

Há algum tempo, no auge do aclamadíssimo Back to Black, li em algum lugar um artigo sobre uma nova britânica que aparecia na cena soul ameaçando o reinado de Ms. Winehouse. Obviamente corri para as ferramentas de busca atrás desta nova promessa, mas o nome Rox trazia coisas como sites de jogos ou tirinhas de humor... Deveria ser, com certeza, um grande exagero do escritor do tal artigo porque nem nome no google a moça tinha. Tudo bem, tenho o defeito de ser rapidamente seduzido por frases ou matérias de impacto.

E não é que a moça existe mesmo! Descobri, tempos depois, folheando um guia de fim de semana do jornal: Um festival em São Paulo e no line-up ela: Rox! “Se já faz shows deve ter um cd”. E tem. E que cd!

Memoirs não lembra Back to Black. Rox não me lembra Amy. E que mal há nisto? Nenhum.

Recheado de boas músicas o álbum é um daqueles que são feitos para agradar qualquer pessoa. Sem rótulos, sem preconceitos. Basta ter curiosidade para acompanhar as canções. E cantar junto a medida que elas ficam mais familiares. Pelo menos o refraozinho das músicas dá pra pegar.

Canções como Forever Always Wishing e Oh My destacam-se por apresentar, além da qualidade vocal da cantora, aquela melodia bacana, aquela batidinha que todo mundo gosta de ouvir.

Eu gosto do álbum todo. Pra mim todas são irretocáveis. É um daqueles álbuns de estreia que nos faz esperar ansiosamente o próximo. Foi assim com Amy e o seu Frank. Ta aí uma coisa em comum entre as duas!

Só espero que não acabe no segundo, como Amy. Credo!

R&B, Soul Music, Black Music… Chamem como quiserem. Memoirs é música da melhor qualidade e merece nossa reverência.   

Por Doris Borel

Melhor música do CD: Breakfast in Bed. Mas na verdade daria pra ter escolhido qualquer uma delas.

Escute o CD quando: você não precisar se concentrar muito na atividade que estiver fazendo, pois as músicas são muito envolventes. Pode ser: se arrumando pra ir pra balada, cozinhando, dirigindo no trânsito... ela é uma boa companhia para esses momentos.

Ernesto é viciado em trazer novidades musicais pra dentro da nossa casa. Quando ele colocou Memoirs pra gente ouvir eu confesso que fiquei muito feliz com a descoberta. Esse é o tipo de cd que você não pula nenhuma faixa e, mesmo quando escuta de novo, continua não pulando nenhuma. A voz da Rox é super imponente, ela canta com muita vontade e interpreta muito bem as músicas. E, para o primeiro álbum de uma artista de 23 anos dá pra ver que a moça promete!
 
Sobre algumas das faixas:

No going back: se você gostar da primeira música, com certeza vai gostar de todo o resto! É animada e a batida é muito boa.
Page Unfolds: gosto do jeito que ela canta as palavras nessa música, ela dá uma ênfase no "to me" que eu adoro. A emoção corre solta, ainda mais quando chegam as super backing vocals (sabe aquelas do coral de igreja dos Estados Unidos que a gente vê em filme?) dando aquele toque.
My baby Left me: se você escuta rádio, pode ser que já tenha ouvido essa. Super animada!
Breakfast in bed: simplesmente porque ela é super animada e te põe pra cima!
Sad Eyes: daquelas que te leva longe, te faz pensar no tempo. Você vai achar estranho que a música parece que acaba, mas de repente ela começa a cantar de novo... na verdade na faixa Sad Eyes tem outra faixa extra "escondida" chamada Gallais (que é a música que eu gosto menos no cd).

sábado, 18 de fevereiro de 2012

LAST DAYS AT THE LODGE - Amos Lee

Por Doris Borel

Melhor música do CD: Ease Back. Feche os olhos, relaxe e tome um vinho com ele.

Escute o CD quando: no final de tarde, quando o sol estiver se pondo e você quiser uma música ambiente despretensiosa e leve

Este é um álbum interessante, pois as músicas mudam muito o estilo de uma pra outra. Tem a romântica, a animada, a que te deixa triste... tem de tudo. Tem música com banjo, que é um instrumento que eu particularmente gosto bastante e, como não poderiam faltar, também temos Backing Vocals que, convenhamos, sempre dão aquela emoção maior pra qualquer música (eu ia adorar ser Backing Vocal).

Um dos pontos altos para mim desse álbum é que as músicas todas remetem a imagens, as músicas contam histórias, falam de pessoas, de momentos, situações que fazem imaginar como tudo está acontecendo. E, para cada música, ele dá um toque diferente na interpretação, tem até algumas que nem parece ser ele quem está cantando. Além disso, por ter só doze faixas (que não são muito longas), faz o álbum não ser cansativo. E claro, quando o artista compõe, ele merece mais créditos ainda. Gostei e recomendo!

Sobre algumas das faixas:

Listen: (primeira faixa) é uma música animadinha, é um convite para ouvir o resto do cd
Won´t Let Me Go: emoção pura! Adoro a parte que ele canta "about it all". Ele acelera no "all"...hahaha. É bom de cantar junto.
Street Corner Preacher: a mais animada do álbum. Gosto quando a música tem bastante conteúdo e é um desafio cantar junto. Tente!
It started to rain: pra curtir uma fossa
Jails and bombs: Quando eu escuto essa música eu me sinto jantando em um restaurante que tem um piano com uma mulher cantando ao fundo (ele canta de um jeito que parece uma mulher). E claro, tem backing vocals e muita emoção. Yeahhhhhhh
Ease Back: nessa, eu imagino um cara mais velho em seu rancho, sentado em sua cadeira de balanço. De repente chega o irmão, eles trocam uma idéia, tomam um vinho, lembram do passado... e claro, o banjo

Por Ernesto

Amos Lee          

Lembro-me de que há uns seis anos atrás percorria a seção de CDs do Extra Jaguaré quando me deparei pela primeira vez com este nome. Vivia o auge do meu vício por compra de discos (bom, pra estar na seção de CDs do Extra Jaguaré dá pra imaginar a dependência...) e naquela época quanto mais diferente melhor. Encontrar um nome desconhecido como este foi uma surpresa. Lembro-me de ouvir e gostar. Mas não comprei.

Eis que há poucas semanas o cara aparece de novo no meu caminho. Obviamente não o reconheci. A análise no corredor do supermercado não foi suficiente para o registro. Novamente, entretanto, a curiosidade pela qualidade do som ocasionou a pesquisa e consequentemente o reencrontro. Sinal de que aquele álbum lá do passado não era um golpe de sorte de um principiante.

Sobre o álbum em questão, Last days at the lodge, o que mais me chamou a atenção foi a complementaridade das canções. Parece que foi tudo feito em sequência e que o resultado final da obra só é alcançado quando deixamos todas as faixas tocarem. O estilo vocal de Amos Lee também é um destaque. Me faz lembrar em alguns momentos Marvin Gaye, guardadas, obviamente, as proporções históricas e musicais.

Quando DB me perguntou sobre uma situação para ouvi-lo, imaginei a seguinte cena: preguiça pós almoço na praia. Aquele momento em que jogar uma toalha na grama, embaixo da sombra, depois da manhã de sol, é tudo o que a gente quer. Boa pedida!

Melhor música?? Num álbum tão coeso é difícil destacar uma única faixa mas indico Jails and Bombs, por causa da minha predileção pelas lentas.

Recomendado!