domingo, 15 de abril de 2012

BELLE & SEBASTIAN WRITE ABOUT LOVE - Belle & Sebastian


 
Por Doris Borel


Melhor música do CD: Sunday´s Pretty Icons

Escute o CD quando: você quiser acalmar a alma (profundo!). Mas, se você estiver numa fase deprê e não quiser curtir fossa, evite.

Talvez você ache estranho a forma como eu vou começar este post, mas neste álbum já adianto que tem três músicas que não gosto, e pra piorar, duas delas são as primeiras faixas do Write About Love (o que deixa o cd pouco convidativo). Então, por que ele entrou no blog? Bem, como você já deve imaginar a resposta, as outras músicas valem bastante a pena. Não gosto de I didn´t See it Coming, Come on Sister e I´m not living in the Real World. Sei lá, sabe música sonsa? Mas não se deixe influenciar, escute as músicas e veja se você concorda comigo ou não. Afinal de contas, gosto é sempre muito particular.

Belle & Sebastian capricha bastante nas mais lentas. Acho que é onde eles se encontram nas músicas. Mas eles também tem um bom repertório das animadas mais contidas (que anima o espírito, mas o corpo nem tem vontade de se mexer... classificação minha, claro). O que eu gosto bastante deles é que sempre tem uma mistura de voz masculina com feminina, seja como dueto ou como segunda voz. Na primeira metade do álbum você vai encontrar mais músicas lentas e na segunda mais animadas contidas. Nós até chegamos a ouvir outro cd deles, mas de longe, esse é muito melhor. Escute e veja se você aprova. Eu gosto muito!

Sobre algumas das faixas:

Calculating Bimbo: lenta no seu melhor.
I want the world to stop: foi através dessa música que chegamos no cd. Gosto bastante, é do grupo das animadas contidas.
Little Lou, Ugly Jack, Prophet John: Nessa, eles trouxeram a Norah Jones pra cantar junto. Se você conhece a Norah Jones, já pode imaginar a pegada da música. Categoria das lentas, claro.
Write About Love: bem animada, talvez a mais animada do álbum todo. Essa até dá vontade de dar uma dançadinha. Dueto! Essa eu sempre canto junto quando tô ouvindo no carro.
The Ghost of Rockschool: Vento da primavera batendo no rosto!
I can see your Future: Das animadas contidas, essa até dá vontade de balançar o pezinho...hahaha.
Sunday´s Pretty Icons: pra fechar com chave de ouro.

Por Ernesto

Belle And Sebastian sempre foi um nome que ouvi com certa desconfiança. Músicas estranhas para um povo místico, eu pensava.  Não sei se pelas capas dos CDs, pelo nome do conjunto ou pelo fato de não conhecer ninguém que gostasse. Sem ouvir eu os associava a Bjork, não sei o porquê. E Bjork, convenhamos, não dá! Na dúvida era melhor não arriscar.

Entretanto, nos intensos trabalhos de pesquisa para nossas publicações, deparamo-nos com esse desafio: ouvir e comentar Belle And Sebastian. Fui até atrás de conhecer um pouco da história. Descobri que o primeiro álbum desta dupla de escoceses foi resultado de um trabalho de conclusão de curso. Interessante. Eram boas credenciais. Vamos ouvi-los.

Write About Love confirmou minha expectativa, apesar de ser um pouco mais animado do que eu imaginava. Por vezes até dá pra dar aquela balançadinha na cabeça. Não sei se neste momento da carreira eles estão mais animados. O mundo todo parece estar mais animado.

Até pensei em procurar os álbuns mais antigos pra tentar confirmar a minha impressão.

Talvez em outro momento.

Come on Sister tem uma parte legal. É divertida. I want the world to stop até tocou no radio. Bacana. Little Lou, Ugly... tem a Norah Jones. Uma boa, das lentas. Write About Love é um Iê Iê Iê moderno. Interessante.

Mas não sei. Os arranjos me lembram um pouco canções do Amado Batista.
 
Amado Batista e Bjork! Belle And Sebastian.

Não tenham medo. Ouçam.

domingo, 8 de abril de 2012

GOOD THINGS - Aloe Blacc



Por Ernesto

Good Things
é uma viagem ao passado. Aos anos 70, mais precisamente. Vozes, melodias, instrumentos. Em vários momentos ao longo do álbum a lembrança daquele tempo é instantânea. Os anos de glória da música negra. Grandes intérpretes, grandes grupos. Motown. É isto, um álbum que poderia ter sido lançado pela clássica gravadora de Detroit. Ele tem aquela soul-music bem característica, que identificou toda uma geração, de The Temptations a Marvin Gaye.

Obviamente que o fato dele ter sido lançado em 2010 apresenta-se incorporado em algumas faixas de sonoridade mais moderna como Life So Hard, por exemplo. 

As guitarras são muito bem marcadas em todo o álbum. E muito boas também. Sem exageros, o que é ótimo. O wah-wah é o companheiro quase inseparável delas.

O álbum começa com I need a dollar, o primeiro single e que, aparentemente, fez o maior sucesso comercial de todas as músicas. Mas vale ser ouvido pelas demais:

Take me Back tem uma batida de filme policial dos anos 70. Em You Make me Smile a batida característica soma-se à metaleira no refrão. Politician tem uma introdução que poderia ser muito bem o tema de Chips: “Policiais americanos em suas poderosas motos, arrancando suspiros das adolescentes”.

Femme Fatale é daquelas bem bonitas. Bonita e sensual. Dá pra imaginar a cena. A dama caminhando por entre a fumaça do gelo seco. O vestido balançado. E a rapaziada toda babando.

Um disco de soul music sem excessos no qual todas as faixas passam agradavelmente. Coloque na vitrola e deixe rolar.

Por Doris Borel

Melhor música do CD: You Make me Smile

Escute o CD quando: você quiser voltar no tempo das calças boca de sino

Talvez você nunca tenha tido aquelas calças boca de sino de veludo coloridas, mas se olhar o álbum de fotografias dos seus pais vai entender do que eu estou falando (bom, tudo vai depender do ano que você nasceu, claro). Camisa estampada semi aberta, talvez um colar dourado pendurado no pescoço, calça boca de sino de veludo verde musgo, e claro, o penteado do momento. Gosto de álbuns que levam a gente para uma época diferente, mesmo que nem seja uma época do nosso passado. O curioso é que esse álbum foi lançado em 201o e Aloe Blacc nasceu em 1979. Talvez ele seja daqueles que se sinta deslocado no tempo, que nasceu no ano errado. De qualquer forma, ele deu um jeito de voltar ao passado, com a batida e estilo dos anos 70.

Mas não se engane, Good Things não é álbum anos 70 de ir pra pista, é mais som ambiente mesmo. Eu gosto de ouvi-lo quando estou cozinhando. E recomendo!

Sobre algumas das faixas:

I need a dollaré uma das mais conhecidas do cd, talvez você já tenha ouvido essa no rádio. É boa! Hey, hey.
Goods Things: o efeito da guitarra que dá o tom da calça boca de sino, quando você ouvir, vai entender o que eu estou dizendo
Take me Back: nessa eu imagino a gangue andando pela cidade, com a calça e estilo que eu descrevi ali em cima. Lord, Take me Baaaaaaaaaaack
You Make me Smile: essa música é uma gracinha! De amor incondicional, como ele mesmo diz na letra.  
Politician: Música papo cabeça, com ritmo e batida bons. Gosto bastante dessa, recomendo.
Momma Hold my Hand: Essa é mais lenta, mas eu gosto muito. Relação de mãe e filho, em diferentes momentos da vida. Bonita letra, bom som!
Hey Brother: essa é muito anos 70. De novo o efeito da guitarra!
Green Lights: feche os olhos e sinta a música. Ainda que não seja uma daquelas músicas super animadas de ir pra pista, dá vontade de dar aquela dançadinha, sentado mesmo.
Miss Fortune: essa é mais puxada pro hip hop, mas também tem um "q" de reggae. Não sei porque, mas eu gosto! É o meu lado black falando mais alto... hahaha.

domingo, 1 de abril de 2012

SHINE - Estelle



Por Doris Borel

Melhor música do CD: American Boy

Escute o CD quando: você quiser um black leve pra não agredir e ao mesmo tempo animar o ambiente
O cd é black. E Estelle tem a voz doce. Conseguiu imaginar? O álbum é animado e ao mesmo tempo leve, uma delícia de ouvir. Muito provavelmente você já ouviu algumas das músicas no rádio, e, se você gosta das que foram sucesso no rádio também vai gostar das outras faixas. Deixe o seu lado black te levar. Super recomendado!

Sobre algumas das faixas:

Wait a Minute (Just a Touch)Pra dançar na pista!
No substitute Love: essa fez sucesso no rádio. Para mim também foi revelador saber que era Estelle quem cantava essa música. Adorei! Pra ouvir no carro indo pra praia.
American Boy: Sabe aquela música que mesmo depois de anos você continua gostando? É essa. A batida é muito boa, pra dançar também. Pode ser no meio da sala, não se envergonhe!
More than friends: delícia de música! É mais lenta, deixa rolar.
Magnificent: essa é quando você já está chegando na praia, alegria! Sabe quando o seu pé ou a mão dança junto com a música? Quando você esperar vai estar com o pé balançando pra lá e pra cá.
Come Over: agora você está no quiosque, embaixo do guarda-sol esperando sua caipirinha chegar.
Back in Love: "you´re exactly what I needed in my life". Precisa falar mais?
You are: E, quem Estelle trouxe pra cantar com ela? John Legend, que eu adoro.

Por Ernesto

Quem é Estelle? Aquela lá, do American Boy, que tocou e ainda hoje toca na rádio. Poxa, fala a verdade: quem não reconhece esta canção? E mais, quem não acompanha a letra, mesmo que seja com o tradicional "nãnãnã"? Eu acompanho até os "verso" do Kanye West, que faz dueto com a moça!

Será que o Kanye West é o American Boy da Estelle? Ela é de Londres, ele dos EUA...Pensei isto agora. Preciso estudar os "verso" dele pra ver se descubro.

Enfim, Shine é uma grata surpresa porque não acaba só com American Boy. Aliás, a segunda música do disco, No substitute Love, também já foi sucesso de rádio. Além destas destaco Come Over e, é claro, a lenta Back in Love.

Bom repertório aliado a uma bela voz fazem deste disco uma boa pedida para os apreciadores do R&B, que neste caso se apresenta com um leve sotaque.

Muito bom para um álbum de estreia. Autêntico e sem exageros. Por isto vale a pena ser conferido.